segunda-feira, 30 de agosto de 2010

ESPIRITISMO NA EUROPA

Estive em Treviso, no dia 29 de agosto, para proferir uma palestra sobre Os Caminhos do Amor, trabalho que desenvolvi em 1995/1996 e foi publicado pela FEB. O grupo que visitei se chama Camino Della Luce e é coordenado por Dilza Zamprogno, uma brasileira paulista que está por um tempo aqui na Itália. O grupo funciona na casa de uma família brasileira. Dilza fez uma boa divulgação da palestra por e-mail, e mais de 25 pessoas estiveram presentes no dia do encontro, muitas vindas de outras cidades, em busca desse momento de troca de energia e reflexão doutrinária, que o Espiritismo nos possibilita..
A oportunidade de conhecer grupos espíritas fora do Brasil tem-nos mostrado o quanto cresceu o Espiritismo no Brasil e como nós, brasileiros, podemos contribuir para que esta mensagem consoladora alcance outros corações em torno do mundo. Já pude conhecer grupos espíritas na Holanda, em Portugal e, agora, aqui na Itália, onde estou por um tempo em visita ao meu filho que reside em Trento, para desenvolvimento dos seus estudos de doutorado em Ciência da Computação.
Excluindo Portugal, cujo movimento é composto predominantemente por portugueses, nos demais são brasileiros que vêm trabalhando para que a Doutrina Espírita possa ser conhecida.
No panorama mundial, cada nação tem o seu papel. Cada tempo marca a entrada de uma delas no cenário da História. Conhecemos a importância da Grécia na organização dos símbolos democráticos; o desempenho marcante de Roma nas realizações do Direito e da Política; o papel da França na definição dos direitos humanos; a contribuição dos Estados Unidos e da Rússia para o avanço tecnológico. Desde a primeira metade do século passado, vêm os amigos espirituais informando os altos planos da Espiritualidade em relação ao trabalho que cabe ao Brasil.
Humberto de Campos, pela psicografia de Chico Xavier, escreveu “Brasil – Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”, recriação literária de aspectos da intervenção dos Espíritos na vida terrena, que ilustra o que ensina O Livro dos Espíritos (questão 459). O conhecido escritor, nesse trabalho, conscientiza-nos do projeto que está delineado no Mundo Maior acerca dos destinos da nação brasileira. Muito se tem discutido e polemizado a respeito desse tema e observamos que muitas pessoas não percebem a essência da proposta que a narrativa contém. O livro não deve ser lido com se contivesse o relato de um historiador, ele é, na verdade, um chamamento. Pela linguagem literária, recria-se o espaço ficcional em que podemos movimentar-nos, viajando por lances da História, de uma maneira nova e criativa, percebendo que os homens são instrumentos, mais ou menos ajustados, das forças espirituais que nos cercam, e, assim, são chamados a contribuir para que se consolidem as metas previstas pelos Espíritos Superiores. O que temos visto na Europa parece-me confirmar a informação dos Espíritos a respeito da tarefa que cabe ao povo brasileiro no cenário mundial.
Certamente, nós, brasileiros, estamos sendo chamados a cuidar de muitas coisas relacionadas à transitoriedade da vida material, mas, como espíritas, já sabemos que somos Espíritos imortais com objetivos muito mais amplos e precisamos desenvolver o trabalho que de nós esperam nossos mentores. Sem essa determinação, o Brasil não cumprirá a missão que lhe cabe. O chamamento nos atinge de maneira muito forte. Se você também sente a possibilidade de contribuir, não a deixe passar. Caso não possa, lembre-se de apoiar com suas orações aqueles que estão nessas frentes de trabalho. Emmanuel, ao estimular-nos à cooperação, compôs bela página em “Fonte Viva” (lição 146), que finaliza assim:
“Por hoje, talvez te enganes, supondo servir às autoridades terrestres, no entanto, chegará o minuto revelador no qual reconhecerás que permaneces a serviço do Senhor. Une-te, pois, ao Divino Artífice, em espírito e verdade, porque o problema fundamental de nossa paz é justamente o de saber se vivemos nele tanto quanto ele vive em nós.”