quinta-feira, 29 de abril de 2010

CONSTRUINDO A RELIGIOSIDADE

O homem primitivo interpretava a natureza em termos exclusivamente humanos, aplicando ao exterior as noções rudimentares que possuía e dando forma humana aos elementos naturais (antropomorfismo). Como explica Herculano Pires, o processo de adoração naquele momento era rudimentar, o homem adorava a si mesmo nas coisas exteriores. O antropomorfismo se explicaria mais facilmente, se considerássemos a ocorrência dos fenômenos paranormais naqueles tempos tão recuados. Quando observamos o relato bíblico da sarça ardente, podemos ter um exemplo de fatos que levassem as criaturas primitivas à adoração de elementos minerais ou vegetais. O processo de adoração se desenvolveu, pois, a partir do reino mineral, a litolatria (adoração de pedras, rochas e relevos do solo), passando pela fitolatria (adoração de plantas), pela zoolatria (adoração de animais) e chegando ao politeísmo mitológico, em que figuras humanas surgem como deuses. Todo o processo nasce do sentimento de existência da divindade inato no homem, mas se consolida, porque esse homem primitivo tinha contato com forças estranhas, vivenciava fatos supranormais, produzidos por agentes espirituais1.
Na seqüência do processo evolutivo, com o advento da agricultura, a domesticação de animais e plantas, a invenção e o emprego de instrumentos, a criação da riqueza, processaram-se de maneira simultânea com o aumento demográfico e o desenvolvimento mental do homem. Apareceu, nesse momento, a concepção da Terra-Mãe e a do Céu-Pai. O fetichismo se fundiu com o culto dos ancestrais e a Mitologia nasceu da necessidade de racionalização do mundo. Jeová é o nome da divindade que aparece no Velho Testamento. Ele é uma mistura de características humanas e divinas. É um sincretismo da herança tribal com elementos culturais de uma civilização agrária, fundamentado no mesmo sentimento inato da existência de um Ser superior e nas vivências de fatos supranormais.
Nos impérios do Egito, da Assíria, da Babilônia, da China, da Índia e da Pérsia, o humano e o divino se fundiam e se confundiam numa estrutura única. Nasceu aí a classe sacerdotal, racionalmente organizada, os mitos foram elaborados no plano intelectual, estruturou-se o ritualismo, estabelecendo a genealogia dos deuses e as formas de relação entre eles e os homens. A religião refletia o sistema político e social: os deuses compunham algo semelhante ao senado de uma república ou à corte de um monarca supremo. Os oráculos constituíam o centro de orientação da vida política e religiosa. Ao passar por todo esse processo, o homem imprimiu em sua memória profunda registros vigorosos que, ao longo dos tempos, emergiram de um ou outro modo. Jung chamou a esses registros “arquétipos”.
Dos oráculos ao aparecimento dos profetas, avança a humanidade para uma forma de libertação. O homem individualiza-se, pensa, escolhe e julga por si mesmo, libertando-se dos moldes coletivos. Com a individualização, emergiu a crença no Deus único. O advento dessa forma de manifestação da fé preparou terreno para a chegada do Cristo que trazia uma nova concepção de Deus como fundamento de uma revolucionária e libertadora doutrina, que convida o homem à edificação do Reino de Deus na Terra. A evolução da adoração se realiza juntamente com a evolução mental, moral e espiritual do homem, no processo de desenvolvimento econômico-social da humanidade, que prossegue em sua caminhada, cuja meta é atingir a fase superior de adoração do coração, isto é, de prevalência da interiorização do sentimento de religiosidade, numa experiência transcendente que prescinde de objetos e rituais, para realizar-se, conforme ensinou Jesus – a adoração em espírito e verdade.
Nos tempos modernos, assistimos à chegada do Consolador prometido por Jesus - o Espiritismo - que veio relembrar o que o Cristo ensinou e permanecer conosco nesse processo de crescimento espiritual.
Quando atingirmos a fase da adoração ao Pai em espírito e verdade, não precisaremos de templos de pedra, ou de livros sagrados; não teremos que armar-nos para defender nossa maneira particular de adorar a Deus, porque teremos compreendido que isso se faz intimamente e que toda forma de adoração é respeitável quando sincera; teremos alcançado a liberdade de pensar por nós mesmos e tomaremos as rédeas da nossa própria existência, eliminando de nós os resíduos do fanatismo religioso. Se esse roteiro se apresenta a você como racional e lógico, por que não tomar uma atitude consciente, libertar-se de vez de todas as amarras e buscar o desenvolvimento dos germes de seu próprio aperfeiçoamento?

quarta-feira, 28 de abril de 2010

CENTENÁRIO DE CHICO XAVIER.

O lançamento de "Chico Xavier, o Filme" com todo o seu sucesso de bilheteria colocou o Espiritismo na mídia como nunca antes acontecera. Por aí podemos ter uma pequena mostra da importância de Chico Xavier no contexto do Espiritismo.
O “Projeto Centenário de Chico Xavier” aprovado pelo CFN para realizar-se este ano, incluiu o 3º Congresso Espírita Brasileiro que se realizou em Brasília, de 16 a 18 de abril, com o objetivo de enfatizar a obra de Chico Xavier e contribuir com a memória de sua atuação. O Congresso trouxe emoções indescritíveis e a oportunidade de avaliar de modo mais concreto a grandiosa contribuição do querido e saudoso médium mineiro para a divulgação da Doutrina Espírita. A Federação Espírita do Estado do Espírito Santo, onde atuamos, também vem desenvolvendo várias ações em homenagem ao Chico neste ano.
Francisco Cândido Xavier nasceu em Pedro Leopoldo, modesta cidade de Minas Gerais, em 2 de abril de 1910 e, este ano, portanto, completaria 100 anos de idade, se ainda estivesse entre nós. A celebração do seu centenário é uma forma de demonstrar a consciência que temos da importância dele para todos nós, que podemos encontrar, em sua vasta obra psicografada, uma fonte imensa de conhecimentos, além de contarmos com os exemplos que ele nos deixou de uma vida dedicada aos ideais espírita-cristãos.
Chico teve uma infância difícil, problemas orgânicos acompanharam-lhe a mocidade e a madureza, mas isso não o impediu de cumprir sua missão de amparo aos necessitados. Ricos e pobres, velhos e crianças, homens e mulheres de todos os níveis sociais encontraram, no homem e no médium Chico Xavier, a luz do conhecimento e da bondade. O trabalho duro foi uma realidade na vida de Chico que, apesar de tantas obras publicadas, vivia da modesta aposentadoria de funcionário público, desde 1958. Seu primeiro contato com o Espiritismo aconteceu no dia 7 de maio de 1927, e seu mandato mediúnico se iniciou publicamente em 8 de julho de 1927, em Pedro Leopoldo. Em 1931, viu, pela primeira vez, o Espírito Emmanuel, seu inseparável mentor espiritual. Mais tarde, transferiu-se para Uberaba, onde viveu até o final de sua existência.
"Parnaso de Além-Túmulo" foi o primeiro livro que psicografou. Publicado em 1932 pela FEB, é uma obra que reúne poemas de autores brasileiros e portugueses já desencarnados. Depois, centenas de autores espirituais psicografaram livros, abarcando os mais diversos assuntos, entre poesias, romances, contos, crônicas, história geral e do Brasil, ciência, religião, filosofia, literatura infantil etc. Várias dessas obras estão traduzidas e publicadas em castelhano, esperanto, francês, inglês, japonês, grego e muitas foram adaptadas para encenação no palco e sob a forma de radionovelas e telenovelas. E vem aí uma grande produção cinematográfica: Nosso Lar, filme baseado no primeiro livro da série André Luiz, que promete também emocionar o público e provocar grandes debates sobre a Doutrina Espírita.
Mas cremos que nada pode falar melhor do nosso querido Chico Xavier que seus exemplos de caridade, perdão, fé, humildade e seus diálogos fraternos, enfim, sua vivência evangélica, num trabalho diário de edificação e levantamento de espíritos. Seus exemplos poderão inspirar-nos também a consagrar nossa vida ao trabalho cristão, para fortalecer a família brasileira, construindo, na força da união, a capacidade de solucionar os problemas que ainda impedem a consolidação de uma ordem social mais justa e fraterna em nosso país.

sábado, 10 de abril de 2010

A DOUTRINA ESPÍRITA E O MOVIMENTO ESPÍRITA

“As ideias religiosas, longe de perderem alguma coisa, se engrandecem, caminhando de par com a Ciência”.
(Allan Kardec, “O Livro dos Espíritos”, cap. III).

“Se lhe demonstrarem que está em erro acerca de um ponto, ela se modificará nesse ponto”.
(Idem, “Obras Póstumas”, pág. 350, ed. FEB).


O homem é um animal que cria cultura e vive nela imerso, sofrendo limitações decorrentes do fato de que um sistema cultural é criação coletiva e, uma vez consolidado, tende a manter-se inalterado, contrariamente ao movimento dinâmico do progresso. Os diferentes setores da cultura formam o complexo conjunto dos conhecimentos e atividades humanas: ciência, técnica, religião, política, economia, moral, lazer, arte.
Esporadicamente, Deus envia à Terra missionários com a função de fazer avançar as coletividades. Esses Espíritos, embora possam ser individualidades de grande envergadura espiritual, no embate contra a cultura, perdem, são eliminados como perigosos ou subversivos. Até mesmo Jesus, o Espírito mais perfeito que Deus enviou à Terra, sofreu os prejuízos da luta contra a estrutura cultural do povo em que nasceu, o povo judeu. Ao longo dos anos que se seguem à vinda desses missionários, contudo, a semente que plantam, acaba por germinar, ocasionando profundas transformações culturais. Assim, vai aos poucos a Humanidade avançando rumo a sua destinação.
A Doutrina Espírita veio, conforme havia prometido Jesus, com a finalidade de relembrar seus ensinos e ensinar aquilo que ao seu tempo Ele não pode nos dizer. Surgiu como ciência, porque partiu da observação dos extraordinários fenômenos ocorridos no século passado, como a movimentação de objetos pesados, a materialização de objetos ou seres, a tiptologia e outros. Da observação dos fenômenos, pela indução, chegou-se à descoberta de leis que compõem um código moral. Conforme bem assinala Allan Kardec “o Espiritismo amplia o domínio da ciência e é nisso que ele próprio se torna uma ciência; como porém a descoberta desta nova lei traz consequências morais, o código das consequências faz dele, ao mesmo tempo, uma doutrina filosófica”.
Em seu aspecto científico, o Espiritismo trata de uma ordem diferente de fenômenos, os fenômenos espirituais e de suas implicações morais. Antes de tratar dos temas mais importantes sobre o Espírito imortal e chegar aos postulados espíritas, em “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec formulou várias questões sobre os elementos constitutivos do Universo e algumas de suas características. Fazendo uma análise comparativa entre as respostas dadas pelos Espíritos e os avanços da Ciência, especialmente da Física, concluímos que estes anteciparam a Kardec várias verdades que só mais tarde, no decorrer do século seguinte, seriam verificadas pelo desenvolvimento da Ciência humana.
Em geral, os Espíritos deixam ao homem os avanços do conhecimento científico pelo seu esforço e mérito. Mas as revelações nos chegam de Cima, a partir da ação dos Espíritos superiores, para que possamos conhecer a realidade, com alguma antecipação, com vistas à marcha mais acelerada do progresso.
A Doutrina não nasceu, portanto, como uma religião. A religiosidade que ela institui é natural, nascida da convicção que o seu estudo propicia, porquanto os conhecimentos que ela possibilita confirmam os princípios em que se fundamentam todas as religiões. Seu estudo deveria ocupar lugar de destaque nos meios acadêmicos e os resultados desse estudo acabariam por gerar uma nova visão de mundo, renovadora das instituições sociais. Mas a ciência oficial rejeitou as conclusões espíritas, mantendo uma postura cética e, algumas vezes, não científica em relação a isso. As religiões instituídas também se posicionaram contra a Doutrina de maneira até mesmo violenta, obrigando seus adeptos a criarem instituições nas quais pudessem estudá-la e desenvolver as práticas que ela recomenda.
O Movimento Espírita é, pois, um movimento criado pelos homens. Na França, onde nasceu, a Doutrina não se desenvolveu, mas aqui no Brasil, sim. Os primeiros grupos espíritas surgiram ainda no século XIX. A Federação Espírita Brasileira, instituição coordenadora do movimento em âmbito nacional, foi instalada a 2 de janeiro de 1884. Seu presidente atual é o Sr. Nestor João Masotti.
Em decorrência da Grande Conferência Espírita do Rio de Janeiro (Pacto Áureo), realizada em 5 de outubro de 1949, surgiu o Conselho Federativo Nacional, destinado a orientar o Movimento Espírita Brasileiro. O Conselho instalou-se em 1º de janeiro de 1950, representa a concretização dos próprios ideais do Espiritismo — o entendimento, a fraternidade, a união, o trabalho útil e desinteressado, o auxílio mútuo, a solidariedade e a tolerância entre instituições e seguidores da Doutrina Consoladora. A fraternidade entre as instituições e a preocupação com o Centro Espírita e seu funcionamento produziram estudos aprofundados do CFN, dos quais resultaram uma firme orientação às Casas Espíritas, iniciando-se uma nova fase para a evangelização de crianças e jovens e novas metodologias para o estudo da Doutrina. Funciona o CFN normalmente, achando-se empossados e em pleno exercício das respectivas funções conselheiros designados pelas instituições de cunho estadual. Para melhor gerenciamento das ações, as instituições federativas estaduais estão também agrupadas em Conselhos Regionais que se reúnem anualmente com a Diretoria da FEB, para avaliação de tarefas e troca de experiências:

1.COMISSÃO REGIONAL NORDESTE
2.COMISSÃO REGIONAL SUL
3.COMISSÃO REGIONAL NORTE
4.COMISSÃO REGIONAL CENTRO

Concomitantemente com as Reuniões Ordinárias das Comissões Regionais realizam-se, com temas próprios, as reuniões das seguintes áreas: Infância e Juventude, Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, Comunicação Social Espírita, Serviço de Assistência e Promoção Social Espírita, Atividade Mediúnica e Atendimento Espiritual.
O Espiritismo não veio para os espíritas, veio para a Humanidade! Os espíritas somos os novos seareiros que temos o papel e o dever de exemplificar aos homens a fé raciocinada, a bondade, a fraternidade e o amor crístico, mas o ser humano alcançará seu entendimento sobre a realidade do Espírito e suas consequências também pelo esforço da própria Ciência, conquistando a crença definitiva desta realidade, revelada antes pela Doutrina, e estendendo a luz desse conhecimento ainda mais além.
E o Movimento Espírita resulta da organização elaborada pelos homens, para estudo e difusão da Doutrina Espírita. Sendo criação humana, as instituições espíritas também têm falhas como qualquer outra instituição administrada por seres humanos que são a encarnação de Espíritos imperfeitos. Cada um de nós, adeptos do Espiritismo, precisa assumir sua responsabilidade no desenvolvimento das atividades espíritas, porquanto não há no Espiritismo corpo sacerdotal hierarquizado para incumbir-se delas, como acontece em outras religiões. E, participando dessas atividades, precisamos nos preocupar com duas questões fundamentais: manter fidelidade aos princípios estabelecidos na codificação kardequiana e desenvolver em nós a fraternidade legítima, para que possamos eliminar as dificuldades e obstáculos que se apresentam na interação com outros componentes da equipe humana encarregada das tarefas múltiplas que uma instituição espírita mantém.
O público vai conhecer o Espiritismo por intermédio da nossa ação, que precisa ser organizada, visar a uma meta comum, mas também precisa ter o calor do sentimento. É criando a dinâmica amorosa que produziremos o ambiente de paz e alegria, capaz de atrair aqueles que ainda não se motivaram para a participação ativa nas fileiras de trabalho. Jesus afirmou que seus discípulos seriam conhecidos por muito se amarem. É pela atitude franca e aberta que demonstraremos a fraternidade que nos une e nosso amor à causa que abraçamos. Pensemos nisso!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

O Consolador Prometido

Jesus de Nazaré esteve na Terra há quase dois mil anos atrás, deixando-nos seu Evangelho como roteiro de iluminação interior. Sua tarefa junto a nós, contudo, não se resume àqueles poucos anos de sua pregação; ao contrário, como responsável pela educação dos Espíritos que habitam este mundo, enviou, em todos os tempos e a todas as culturas, mensageiros com o propósito de esclarecer e orientar os homens.
Dentre esses emissários, destacou-se Moisés, incumbido de dirigir o povo hebreu nos primórdios de sua organização social e política, preparando o terreno, para que, mais tarde, ele mesmo, Jesus, viesse trazer sua mensagem. Moisés consolidou a crença no Deus único (1ª revelação), base sobre a qual Jesus edificaria seu ensino de que esse Deus é Pai de todas as criaturas, ama-nos a todos igualmente e nos reserva futuro glorioso de plenitude e paz (2ª revelação).
Seria um grande erro, pois, pensarmos que a tarefa do Mestre se limitasse àqueles tempos da Palestina. Ele esteve atento aos destinos humanos desde o princípio e sabia que não seria fácil para os homens o caminho da evolução espiritual, por isso prometeu que enviaria mais tarde um Consolador (João, cap. XIV, vv. 15 a 17 e 26), para relembrar o que Ele dissera e nos ensinar todas as coisas que não poderiam ser entendidas naquele tempo. O Consolador prometido por ele seria, pois, a 3ª revelação.
Em sua promessa, Jesus menciona o Espírito de Verdade que o mundo não vê e não conhece, mas que viria para estar eternamente entre nós. Analisando o texto da promessa, percebemos que Jesus já antecipava os descaminhos do homem em relação à mensagem que estava deixando. Se alguém seria enviado, para lembrar coisas que Jesus dissera, isso ocorreria, porque os homens teriam esquecido esses ensinos; e se viria para ensinar todas as coisas, é porque Jesus não pode ensinar tudo quando esteve aqui, por faltarem aos homens os pré-requisitos para o entendimento mais profundo da realidade. Se o Consolador viria para estar eternamente conosco, ele não poderia se apresentar como um ser encarnado, porque o corpo físico é perecível. Deduz-se, portanto, que o Espírito de Verdade precisaria de outra maneira de estar conosco, sem ser pela encarnação em um corpo material.
Em 1857, um livro foi publicado na França: “O Livro dos Espíritos”. Significativo grupo de entidades espirituais assumem a autoria das respostas às 1018 perguntas formuladas pelo eminente pedagogo francês Léon Hyppolite Denizard Rivail, que o assina com o pseudônimo Allan Kardec. Encontramos nesse livro a base lógica e racional, para os ensinos do Cristo. A mais luminosa dessas entidades espirituais, sob cuja liderança estão todas as outras que contribuíram para a composição do livro se identifica como Espírito de Verdade. Eis que o Consolador já está na Terra. Foi cumprida a promessa do Cristo.